terça-feira, 6 de abril de 2010

Consciência ambiental é o caminho

Os últimos fatos e tragédias que marcaram esses dias de chuva no Estado do Rio tem na sua raíz, velhos problemas.

Quando eu era criança, lembro-me que pegava o leite da minha casa no portão em uma panelinha de aluminio com tampa e uma alça, que as pessoas chamavam de leiteira e que era trazida pelo moço então chamado de leiteiro. Posterior a isso vieram os saquinhos de leite e agora as caixas de papelão. A mesma coisa aconteceu com a manteiga, que era comprada a granel no armazém, com os refrigerantes onde as garrafas vazias eram trocadas pelas cheias e assim por diante.

Hoje tudo é embalado e muito bem, porém se não começarmos de uma vez por todas a esclarecer a população que não se deve jogar lixo nas ruas e principalmente esse que demora uma infinidade de tempo para se degradar no ambiente, como os plasticos, papelão, garrafa pet, enfim uma série de itens que num passado próximo não existiam, mais os metais, entulho de obras, sofás velhos, vasos sanitarios, que são jogados nos valões rios e córregos das cidades, assoreando o leito desses, fazendo com que as águas da chuva subam com mais velocidade, estaremos fadados a ter inúmeros acontecimentos como os que vimos nos últimos dias.

Já vi muitas vezes, pessoas jogando lata de refrigerante pela janela do onibus e do carro, numa demostração clara de falta de consciência ambiental e ninguém se incomoda com isso. Não basta só fazer lei e multar, tem que educar, a começar pelas escolas e por que não também nos clubes de serviços, associações de moradores, condominios, enfim em todos os lugares.

O poder público tem imensa responsabilidade nisso, pois é o grande fomentador de políticas públicas, mas é preciso que essas informações sejam passadas com uma rapidez maior do que vem sendo.

Não acredito que essas enchentes sejam só pelo lixo acumulado nas ruas. O volume de água da chuva foi muito grande, mas com certeza se tivéssemos nossa população melhor orientada quanto as responsabilidades que cada um de nós tem com o ambiente em que vivemos, certamente os efeitos dessa violenta chuva teríam sido minimizados.

3 comentários:

Unknown disse...

caro Eduardo,
Você tem razão, mas além das escolas e do poder público é necessária uma conscientização mais abrangente. No Canal do Anil onde trabalhei na enchente de 1998, tudo mudou. A igreja católica ajudou, as pessoa da comunidade ajudaram. É fácil colocar a culpa no poder público quando o seu próprio marido ou filho, culto e educado nas melhores escolas é perdoado por jogar fora um lixo pela janela do carro. Aqui tem lixeiro, é para isto que servem!!!
A consciênica ecológica é muito chata nas quatro paredes de uma casa. Precisamos ter em mente que é necessário brigar com todos. Doa a quem doer. Nosso condomínio faz reciclagem? porque não vamos as reunióes exigir este método?
Nossas empresas degradam papel, papelão, plástico, madeira?
É mais barato, mais prático, ficar de olhos vendados?
Nossos funcionários fazem o que podiam fazer? Nós damos algum incentivo?
Quando a nossa casa, nossa rua, nosso comércio inunda, procuramos saber a causa e tentar minimizá-la, ou é mais fácil colocar a culpa no governo?
Em Nova York, choveu muito ontem também, mas a população e o poder público agem em conjunto e os bueiros estão limpos. Não há mortos. Não parou a cidade.Será que o governo Eduardo paes vai pelo menos mapear os locais de risco par a copa de 2014, ou vai dizer que em junho não temos chuvas? será que com as mudanças climáticas drásticas dos últimos tempos podemos afirmar que em junho não haverá chuvas??
Temo por passar vergonha, como brasileira e como cidadã.
Os nossos deputados estaduais que serâo eleitos este ano farão alguma coisa até lá?

Dando Pitacos disse...

Concordo com todos os termos da postagem e do inteligente comentário feito pela Rosana, que usa uma expressão muito importante quando dá sua opinião. Diz ela que "em Nova York, choveu muito ontem também, mas a população e o poder público agem em conjunto e os bueiros estão limpos".

A população do Rio de Janeiro, e isso acontece Brasil afora, não há outra forma de expressão, muito além de mal-educada, é porca, irresponsável, omissa e só sabe se lamentar na hora que perde seus entes queridos e bens patrimoniais.

Agora, só entre nós e a torcida do Flamengo: um bueirinho limpo de vez em quando ajudaria muito! Nova Iguaçu não vê isso acontecer há muito tempo. Todos os bueiros da Athayde Pimenta de Moraes, a rua da nossa adorada Prefeitura, já não servem como escoamento das águas pluviais, PORQUE ESTÃO ENTUPIDOS ATÉ A BOCA!

Isso é omissão administrativa, e quando morre alguém é crime!

Unknown disse...

carlos Roberto,
Agradeço sua colaboração no meu pensamento. Hoje choveu forte quase todo o dia em Nova iguaçu. Você tem passado pela Av. Abílio Augusto Távora? É uma rodovia estadual, a prefeitura não se importa. Ninguém se importa. Só que depois das divisões dos municípios, uma área importante nas eleições é esta faixa da cidade que vai até o Km 32. pergunto ao Sr Eduardo Gonçalves o que imagina fazer caso seja eleito deputado estadual sobre este jogo de empurra dos poderes estadual e municipal na antiga Estrada de madureira?