domingo, 9 de maio de 2010

Desordem Urbana no Calçadão

Centro Comercial à beira do caos
Os consumidores de Nova Iguaçu estão encontrando muitas dificuldades para comprar com comodidade e conforto no centro comercial. Todos os problemas enfrentados por eles e que vai se tornar um grande desafio para atual prefeita Sheila Gama, podem acabar afastando as pessoas da cidade. Um dos principais empecilhos teria sido solucionado no fim do mês passado, quando a Prefeitura Municipal, através da Coordenadoria de Gerência Urbana, realizou a operação Choque de Ordem. A medida seria o ponto inicial para transformar a região em modelo de organização, como ocorre em Petrópolis, onde diversos produtos piratas foram destruídos em vias públicas e ambulantes ganharam barracas padronizadas em pontos específicos. Lá, o centro da região foi modernizado e ganhou ruas sem poluição de anúncios e outdoors. Para variar, em Nova Iguaçu, a prefeitura não deu continuidade à Operação Choque de Ordem e os ambulantes voltaram a todo vapor as ruas da cidade. As calçadas e as áreas em frente às lojas foram literalmente invadidas pelo comércio informal, feito de forma indiscriminada. “Prestigiar o comércio local está ficando cada vez mais difícil. Não dá para comprar num local onde há desorganização. Está tudo errado. Não agüento mais conviver com esse trânsito caótico e toda essa poluição sonora e visual”, contou uma dona-de-casa, que preferiu não se identificar.Com medo de perder a clientela e registrar uma baixa nas vendas, alguns comerciantes apelam para as propagandas irregulares como som alto, placas e mercadorias praticamente no meio da rua, prejudicando também a passagem de pedestres e consumidores. A grande maioria começou a se enquadrar as normas da prefeitura. Para encontrar as irregularidades, basta andar por alguns minutos ao longo do Calçadão (Avenida Governador Amaral Peixoto) e ruas próximas, como Otávio Tarquínio, Nilo Peçanha e Avenida Marechal Floriano Peixoto, onde são considerados pontos de maior movimentação de vendas.O consumidor encontra facilmente por todos lados, buracos e a sujeira deixada pelos camelôs na Praça José Hipólito Oliveira, além de vendedores entregando panfletos, placas de anúncios que impedem as passagens dos pedestres, entre outros fatores.Outro ponto negativo para o centro comercial é a falta de um mercado popular na cidade. Reduzir a enorme quantidade de ambulantes em Nova Iguaçu deveria ser uma das metas da prefeitura. Mas uma medida que deveria representar a solução para o fim do problema, ainda é uma dor de cabeça para quem só quer trabalhar. O Mercado Popular Central da cidade, localizado na Avenida Nilo Peçanha, que deveria acolher 259 camelôs, ainda não foi ocupado pela classe. O antigo prédio não possui condições estruturais para funcionar. Enquanto isso, os vendedores continuam trabalhando na Praça José Hipólito Oliveira até uma solução da prefeitura.As praças da cidade: Rui Barbosa, José Hipólito e Liberdade, foram ocupadas pelos ambulantes. Na Liberdade, os taxistas também colaboram para o caos. Ontem nossa reportagem flagrou alguns veículos estacionados na calçada, dificultando ainda mais a passagem dos pedestres. Na Avenida Marechal Floriano Peixoto, os pontos de ônibus estão repletos de camelôs, que com suas barraquinhas, praticamente obrigam a população a transitar pela rua. A Prefeitura de Nova Iguaçu esclareceu recentemente que o coordenador de Gerência Urbana, Professor Jorge Marques, que assumiu o cargo no fim do mês passado iniciou um trabalho de choque de ordem no Centro. Foram tirados alguns camelôs que não tinham permissão para trabalhar na cidade. Em trabalho educativo, ambulantes e lojistas foram orientados a não sujar as ruas nem fazer uso de aparelhos de som com volume alto. Entidades se unem por soluçãoOs presidentes da Associação Comercial e Industrial de Nova Iguaçu (Acini), Renato Jardim, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Cláudio Rosemberg e o Sindicato do Comércio Varejista (Sincovani), Uéliton Pessanha, se reuniram esta semana para tentar estabelecer um denominador comum quanto à organização do comércio do município. Unânimes, seus representantes traçaram metas e listaram os problemas enfrentados pelos consumidores no centro comercial de Nova Iguaçu, que segundo as entidades, sofrem com o caos no trânsito, iluminação precária, obstrução de bueiros, poluição sonora. As ruas muitas das vezes ficam repletas de papéis e folhetos, falta de pavimentação nas vias, ocupação desordenada e ilegal de praças públicas, como a da Liberdade, Rui Barbosa e José Hipólito de Oliveira, falta de estacionamentos, entre outros fatores que acabam afastando os investidores e consumidores da cidade. Ainda segundo eles, o crescimento desenfreado do comércio informal (vendedores ambulantes) e a não utilização do Mercado Popular, podem atrapalhar as vendas e prejudicar o comércio. A falta de uma Guarda Municipal na cidade também é obstáculo para o crescimento e desenvolvimento da Cidade.As reivindicações feitas pelas entidades serão debatidas em uma reunião com a prefeita de Nova Iguaçu, Sheila Gama, que ainda não agendou o encontro para discutir os problemas do centro do município. As três entidades também foram unânimes ao afirmar que o comércio legal que contribui para o desenvolvimento econômico da cidade na arrecadação de impostos, passa hoje por dificuldades sem precedentes na história. Sem conforto e comodidade, os consumidores acabam comprando em outros centros comerciais. Outra preocupação da CDL, da Acini e do Sincovani é com relação aos constantes furtos de energia elétrica em postes públicos. Alvarás para ambulantes no RioEsta semana, o prefeito Eduardo Paes e o secretário Especial de Ordem Pública, Alex Costa entregaram os primeiros alvarás para ambulantes que participaram do cadastramento da prefeitura. Ao todo, foram entregues 714 licenças a camelôs da Tijuca, primeiro bairro a ser implantando o novo esquema legalizado de ambulantes. Além do alvará, cada ambulante recebeu dois coletes, crachá e uma barraca nova. A cerimônia aconteceu no Maracanãzinho, na Zona Norte. O próprio prefeito entregou os alvarás para um grupo de cinco ambulantes idosos. As barracas e os coletes terão cor padronizada: bege escuro. Segundo o Secretário de Ordem Pública, Alez Costa, na região da Tijuca não houve déficit de vagas. “O número de camelôs aprovados foi praticamente o mesmo que já tinha autorização para trabalhar na área. Ao todo, na cidade, teremos 18.414 camelôs licenciados”, disse. Os próximos bairros a receberem camelôs licenciados serão Andaraí, Vila Isabel, Jacarepaguá, Barra da Tijuca e Campo Grande.Petrópolis: cidade modelo No último dia 16 de abril, durante o Café com Idéias da Associação Comercial e Industrial de Nova Iguaçu (Acini), diversos empresários puderam assistir o relato da experiência vencedora do Prêmio Prefeito Empreendedor 2008 como melhor gestão favorável ao desenvolvimento da região Sudeste do Brasil, que foi comentado pelo ex-secretário de Fazenda de Petrópolis, Paulo Roberto Patuléa. Ele apresentou diversos projetos em Petrópolis que acabaram com a burocracia na cidade, aumentando ainda mais a arrecadação no município. Mas o palestrante não deixou de comentar sobre a facilidade na vida da população e dos comerciantes, quando Petrópolis passou por uma grande reorganização urbana, onde só no centro foram investidos mais de R$ 20 milhões. A cidade acabou com a desordem e pôs fim à bagunça feita pelos vendedores ambulantes e alguns comerciantes. O centro comercial que se encontrava com calçadas esburacadas e propagandas irregulares foram transformado e revitalizado. Foram combatidas as poluições sonoras, visual, marquises em péssimo estado de conservação e despejo irregular de entulho. Segundo Patuléa, Petrópolis criou o código de postura, onde foram expedidas 20 mil notificações, 97 multas aplicadas e 22 mil publicidades retiradas. De acordo com ele, Nova Iguaçu precisa de planejamento estratégico e mais organização urbana, além de sair da informalidade para a formalidade.



Texto acima transcrito do Jornal de Hoje de domingo 09 de maio de 2010
Voce poderá ver a matéria completa no link do Jornal na página principal do Blog com as fotos e entrevistas com a população.




Meu comentário



A partir de 1997 ,quando tomamos posse no governo, Bornier Prefeito e Eduardo Gonçalves vice, começamos um trabalho de reorganização do centro comercial de Nova Iguaçu, mais conhecido como calçadão. Debatemos com todos os segmentos dessa área: comerciantes, prestadores de serviços, ambulantes, comerciários. Fizemos diversas pesquisas de opinião para saber da população o que era melhor para enfrentarmos a desordem urbana instalada naquele momento.



Enfim chegamos a um consenso de que o Shopping a Céu Aberto seria a melhor solução para aquela área. Foi feita a reforma de todo esse Centro Comercial e colocou-se ordem na casa.



Hoje vemos esse espaço com um nível de degradação bastante grande e será necessário muito trabalho da atual Prefeita Sheila Gama para conseguir por as coisas em ordem.

Vamos aguardar pra ver.

2 comentários:

Unknown disse...

ATITUDE O CHOQUE DE ORDEM QUE NÃO ACONTECEU. A CIDADE ESTÁ SEM COMANDO, DESDE JANEIRO DE 2004.

Existem quem faça cara feia ao ver ao longo das ruas centrais da cidade de Nova Iguaçu. O batalhão de ambulantes e camelôs,que vende de tudo a festa é democrática com a permissão veladas dos "fiscais" de posturas. Encontra-se de tudo. Frutas, legumes, aparelhos eletrônicos, pilhas,redes, ervas medicinais, e outros afins. Basta procura, que acha-se o que se procura. As ofertas são fartas, até DVDs piratas com os últimos lançamentos de vídeos para as locadoras. Encontra-se até os últimos lançamentos dos filmes lançados nos cinemas nas últimas semanas.
Atraídos pelo os preços baixos dos produtos os compradores, fazem a festa e compra o que lhes interessa
para o consumo do dia dia.
É uma confusão, organizada - é coisa do povo, é um modo de exercita a sociabilidade. Cabe lembra que é um mercado secular que tem os seus próprios métodos de vendas.
Disciplinar o exercício do comércio e a prestação dos serviços dos ambulantes nas ruas ou logradouros públicos da cidade de Nova Iguaçu é competência do poder público na cidade de Nova Iguaçu. Visando o benefício da população. Estes trabalhadores, que vem as ruas buscar,o financeiro para levar o pão e conforto para os seus.
Eles devem ser distribuídos em locais distintos e organizados da cidade. Observando sempre os critérios dentro da rodem urbana e das Leis.
Há de ser fazer estudos das condiçõe es sociais, trabalho e estilo de vida destes vendedores ambulantes, e investigar a dinâmica do cotidiano destas pessoas no espaço público. E dessa maneira fazer justiça social a elas, elaborando estratégicas de negociação para sua permanência no espaço público em meio a outros atores sociais.
A pratica de vendedores de ruas são
seculares e perduram até hoje em qualquer centro urbano do planeta terra. Os arranjos cotidianos do comércio informal no espaço público em confronto com processos civilizatório e disciplinares a eles impostos, pelo poder público, através de ações de pressões ficais.
Tem que se consolidar estes trabalhadores em centro populares de compras para que eles sejam regularizados. Já os camelôs ou vendedores, que oferecem produtos "piratas", seriam retirados das e devem ser combatidos. Muitos trabalham, em um mercado informal do sub emprego. São verdadeiros escravos, que trabalhão para pessoas que possuem muitas bancas. Forçando,estes agentes a busca de produtos originais.
Estes trabalhadores informais estão nesta área por necessidade. O desemprego é o fator principal para a existência de tantos ambulantes. A sua grande maioria, gostaria de voltar ao trabalho com carteira assinada e seus direitos sociais garantidos. Eles tem consciência que está situação os deixa dentro do sub empregos, e que são explorados. Na informalidade el não possuem os direitos trabalhistas ou qualquer tipo de seguridade. Eles tem que sustenta famílias com o mínimo de três pessoas.
A vantagem de comprar mercadoria de camelô é o preço dos produtos. Eles não dão garantia. Mas fazem a troca quando, este produto apresenta qualquer tipo de defeito, sem burocracias. Estabelecendo uma relação de confiabilidade com os consumidores.
Os comerciantes oficiais pagão os seus impostos (?) e ver neste tipo de comércio uma concorrência desleal.
Os ficais só podem circular entre a rodoviária da Cordete e a Rua Otávio Tarquino. Eles não podem circula na avenida Nilo Peçanha.
A praça da Liberdade é um caos.
Quando a nova praça no inicio do calçadão e o largo após antiga rua treze de maio vai ter suas obras concluídas. Não vejo a mídia iguaçuana, fazer matéria jornalisticas para a agrada a nova prefeita, denunciando o verdadeiro mercado, persa, que funciona, neste largo, que já foi rodoviária.
O Novo executivo, deve sim cobrar do ex prefeito porque ele não e prosseguiu com as obras herdadas da administração anterior, neste local.

Andréa disse...

Realmente em Nova iguaçu não da mais pra ir,vendedores ambulantes por toda parte,sujeira e desordem me causa muita tristeza de ver a cidade que nasci e fui criada completamente sem ordem urbana eles tomarão conta de tudo das calçadas das ruas das entradas das lojas e um horror,a prefeita não tem atitude pra acabar com isso todas as praças estão tomadas e uma vergonha um absurdo não da mais pra continuar assim choque de ordem ja em Nova Iguaçu