sábado, 26 de dezembro de 2009

Convergem, mas não se bicam

Ao ler o artigo do jornalista Rui Fabiano no Blog do Noblat de 26/12 (acesso na pagina do O Globo no link do meu blog) voces verão que as opiniões com relação aos governos FHC e Lula são muito semelhantes com as que eu escrevi sobre "Lula e a propaganda" em 13 de dezembro. Não há diferença quando se olha sob aspectos da politica economica e da politica social implantada pelo FHC e com a devida continuidade do Lula. Fabiano ressalta que FHC diz que PSDB e PT são partidos convergentes e o que os divide é a ambição pelo poder. Tudo bem, convergem mas não se bicam pois quem acompanha sabe que a relação politica de poder e compromisso é muito mais séria nos governos anteriores do que tem sido no governo Lula.
A tentativa por fazer de uma eleição um plebiscito é realmente fazer pouco da inteligencia do povo, pois é obvio que o governo esta apostando as suas fichas nos ultimos resultados da economia. Fazendo uma analogia com o boxe ,um pouco diferente do que faz o Lula que é sempre com o futebol, uma luta é contada round a round e cada round é analizado como um todo e não pelos os ultimos momentos. O que eu quero dizer é que como na minha analise do meu artigo e na analise do Rui Fabiano, o que se ve é a trajetoria da politica implantada e não o resultado. É claro que o resultado é o mais importante, mas se as bases não tivessem sido lançadas já na primeira eleição direta pós ditadura no governo Collor, depois Itamar, FHC e Lula ,nada do que está se colhendo hoje seria saudavel.

Agora, não resta duvida que a maquina de propaganda do Lula é superior as outras que por lá passaram.Os marqueteiros de Serra vão ter que se esforçar muito para mostrar que o hoje é o resultado do ontem e que o amanhã pode ser muito melhor com quem construiu o alicerce do que com quem só habitou a construção. Esse vai ser o x da questão. Passar isso ao povo em cima de quem esta com o poder na mão é que é dificil, mas não improvável, basta ter metas claras e não fugir das questões, como no caso das privatizações na campanha de Alckmin. O resto e com o eleitor.


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